Se você é autônomo ou profissional liberal, esse papo é com você!

Muitas pessoas que trabalham de forma autônoma me procuram para pedir ajuda, com a inquietante preocupação que as contas nunca fecham. Hoje vocês vão entender porque não fecham mesmo! Vou usar um exemplo fictício para ilustrar a real situação de alguns desses autônomos, mas que serve para qualquer área de atuação, com ou sem espaço físico (escritório, consultório, sala comercial).

Ela era feliz e realizada com sua profissão, cirurgiã dentista, mas há muito tempo estava insatisfeita e preocupada com sua condição financeira. Segundo ela, tinha uma boa receita, seus ganhos giravam na casa dos 40 mil reais por mês. Ela mantinha um padrão de vida alto, mas se considerava controlada no consumo em geral e não entendia porque, mesmo assim era tudo tão apertado. Não investia, não tinha sobras para poupar, não planejava a viagem dos sonhos e etc. Ainda me disse que seu patrimônio era sua casa avaliada em 500 mil reais e seu carro de 150 mil reais, ambos ainda não quitados.

Bom, não foi difícil perceber onde o calo estava apertando. A casa foi financiada sem entrada, parcelada em 10 anos com juros de 1% ao mês, o que gerou uma parcela mensal de aproximadamente 11 mil reais. Do carro ela assumira uma parcela mensal de 5 mil reais. Ou seja, seu padrão de vida começava em 16 mil reais. Talvez para alguns não pareça tão absurdo para uma renda de 40 mil, até que juntas percebemos que ela confundia o faturamento do consultório com sua renda pessoal. Bingo!

No levantamento das despesas do consultório detectamos despesas com secretária, impostos, manutenção de equipamentos, enfim, os compromissos do “negócio” somavam 15 mil reais. Acredite se quiser.

Na realidade, sua renda pessoal era o valor líquido de 25 mil reais (40.000 de receita menos 15.000 das despesas do consultório). E nesse caso, a fatia do orçamento para a moradia e o carro (total 16 mil) representavam 64% da sua renda, o que um absurdo! O ideal é que sua moradia represente 30% da sua renda, no máximo.

 

Nossa amiga havia tomado decisões baseada num valor irreal de renda pessoal. E a melhor saída é tomar consciência financeira, separar as contas e corrigir o padrão de vida.

Por isso, ressalto a importância do autônomo separar suas finanças, se possível comece pela conta bancária. Se você receber suas receitas numa conta, calcular e movimentar suas despesas profissionais primeiro então, em seguida, transferir o que sobrou para sua conta pessoal, terá o valor real de sua retirada.

Com essa prática e a visão correta das suas possibilidades, nascerá naturalmente seu interesse pelo planejamento, seja para aumentar as receitas ou para, na vida pessoal, poupar e criar metas que a levarão a conquistar a viagem dos sonhos, uma especialização no exterior e etc.

Uso muito o verbo simplificar e acredito no fato de que, diante de qualquer situação desafiadora se você simplificar e não complicar terá as soluções bem diante dos olhos.

E lembre-se: o impossível é só algo que você ainda não tentou!

Beijos e até breve…

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